Estamos em obras
O Processo do Deserto:Em um vislumbre das dificuldades e desafios da vida, somos constantemente assolados por questionamentos acerca dos “porquês” de certos acontecimentos que nos tiram do caminho que imaginávamos. Em meio a essas perguntas, a Palavra de Deus nos mostra a luz, o discernimento, a esperança e o entendimento, especialmente quando nos lembramos dos textos que retratam a vida de homens como José, Moisés e Jó. Suas histórias são como um guia através dos séculos, revelando o tratamento e os caminhos traçados por Deus, onde, na maioria dos casos, não temos noção de como será o fim: o processo do deserto.Assim como o povo de Israel peregrinou pelo deserto por quarenta anos, onde Israel aprendeu a duras penas a confiar e depender totalmente de Deus (Êxodo 16), também nós, em diferentes momentos, passamos por várias circunstâncias e somos levados a esses “lugares áridos”.Não se trata de um castigo, mas sim de um ajuste em nosso modo de pensar, agir e crer, onde o Senhor nos guia à sua total dependência, de formas que nos conduzem à vontade de Deus. Muitas vezes, seus propósitos são imperceptíveis aos nossos olhos, mas o verdadeiro intuito é transformar nossos corações.Ele deseja nos moldar e nos preparar para o futuro que Ele planejou e nos destinou, pois Ele escreveu sobre nós antes de nascermos e nos viu ainda informes no ventre de nossas mães.Temos a tendência de seguir a visão de nossa natureza humana e confiar em nosso entendimento, e muitas vezes cremos que o nosso discernimento é suficiente.Acreditamos, de forma convicta, que nosso caminho e nossa visão são melhores. Contudo, no livro do profeta Jeremias: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?” (Jeremias 17:9). Nessa autoconfiança, negligenciamos e corrompemos nossos caminhos, não sabemos como será o futuro, mas o Senhor é o mesmo ontem, hoje e para sempre. Não podemos esquecer que Ele é o Alfa e o Ômega.É no deserto que aprendemos a viver a realidade do céu, nos tirando da ilusão humana de sempre acharmos que nossa direção é sempre a correta e que vemos muito mais do que Deus, nos levando e nos afastando de seu propósito, que é perfeito e agradável, a depender unicamente da provisão do Senhor Todo-Poderoso. Em Romanos 5:3-5: “E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência; e a paciência, a experiência; e a experiência, a esperança. E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.”Em cada passo desse processo, somos confrontados com uma verdade irrefutável (Efésios 4:32). Experimentamos a cura de feridas emocionais e espirituais, pois Deus derrama sobre nossas feridas o Bálsamo de Gileade para curar e tirar as nossas dores (Jeremias 8:22). Somos submetidos a uma transformação extrema, sendo renovados à imagem de Cristo (2 Coríntios 3:18), onde nosso caráter é tratado e fortalecido (Tiago 1:2-4). E, acima de tudo, colhemos aprendizados valiosos que nos equipam para os desafios futuros.Contudo, o deserto também pode ser um lugar de sombras: a dor terrível da perda, a vergonha do erro, as acusações injustas, as traições que machucam o coração, os enganos que entorpecem a mente e as perseguições que parecem intermináveis, fora as tentações e a vontade de desistir. No entanto, é crucial crermos no que a Bíblia diz no livro de Isaías 41:10: “Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça.”Quando entendemos que Cristo está no controle e aprendemos a descansar Nele, tudo começa a se ajustar (Romanos 8:28), e nossa fé é revigorada. Assim como Abraão, começamos a crer no impossível e a compreender que o Deus do impossível está ao nosso lado. Tudo o que estava quebrado e parecia uma terra arrasada se torna um lugar fértil e iluminado (Hebreus 6:19). A confiança em Deus se torna o alicerce inabalável sobre o qual construímos nosso caminho (Provérbios 3:5-6).Mas, afinal, qual o propósito de Deus em minha vida? (Efésios 2:10). Portanto, diante das provações, da sensação de isolamento e da aparente falta de direção, a exortação bíblica ressoa com clareza: “Não desista!” (Gálatas 6:9). O deserto, por maior e mais árido que se apresente a nós, tem um fim. Glória a Deus! Assim como a travessia do povo de Israel chegou à Terra Prometida, também o nosso tempo de provação acabará.Concluindo, mesmo que sejamos surpreendidos por situações inesperadas, que pessoas que amamos se afastem, que novas relações surjam em nosso caminho e que a perda do controle nos cause a sensação de estarmos em meio a uma loucura, a Palavra nos ensina a nos aquietarmos e a confiarmos: “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus” (Salmos 46:10). Descansemos na certeza de que, mesmo quando a confusão nos cerca, Deus está ativamente trabalhando em nossas vidas. Estamos em obras, sendo transformados e preparados para o nosso futuro e propósito.Ederson Lopes
Todas as coisa concorrem para o bem daqueles que amam a Deus
“Estamos em dias difíceis, onde o inimigo de nossas almas tem se levantado para destruir e confundir os corações com falsas expectativas, frustrando sonhos e acabando com a fé. É como se tivéssemos um decreto liberado contra nós. Me lembra muito a história de Ester, onde o povo judeu estava com um decreto para destruí-los. Mas Deus não trabalha como nós imaginamos ou pensamos; Ele aproveita tudo que nos acontece, seja bom ou ruim, e transforma a nosso favor. Quantas vezes, no meio da tribulação, podemos até pensar: ‘Acabou, não vou conseguir’, e Deus diz: ‘Aquietai-vos e esperai, pois eu sou Deus!’ Não devemos perder a fé, mesmo que tentados. Não devemos nos iludir achando que no passado era melhor, mas devemos entender que Deus nos transforma, nos trata e aperfeiçoa a cada estação. Deus vai derrubar decretos, afugentar os inimigos e nos mostrar que Ele é Deus. Lembre-se de Senaqueribe e seu exército. Após o rei de Israel clamar, nenhum soldado ou carro de guerra saíram para batalhar, mas o próprio Deus batalhou na guerra e confundiu todos os inimigos, até destruí-los, dando assim a vitória ao seu povo. Mas o Senhor mudou? Seu braço está encolhido? A resposta é simples: não!Não desanime, não seja guiado por circunstâncias, mas mantenha seus olhos focados Nele, que tudo pode. Ele mudará decretos contra nós, sentenças serão rasgadas e nossos inimigos confundidos e, por fim, destruídos!Creia somente!” Ederson lopes
A verdade sobre a felicidade
Todos nós temos um discurso interno que nos motiva a ir em busca da felicidade. E o que há de errado nisso? A princípio, nada.Mas sempre existe um “mas” nessa vontade!Quando buscamos a felicidade, buscamos saciar nossa fome interior, que nos obriga a continuar em busca cada vez mais. A alma diz “eu quero mais” e, em vez de a felicidade da alma trazer satisfação, torna a alma mais faminta e sem critérios, chegando ao ponto do egoísmo e da ingratidão. No mundo de hoje, muitos pregam que devemos buscar fazer nossa vontade, independentemente e indiferentes aos que estão ao nosso redor. A primeira intenção é boa, mas essa corrida desenfreada em busca do bem-estar transforma pessoas em verdadeiras “Frankensteins”, com vários pedaços do corpo “formados por remendos de outras pessoas. O egoísmo, o egocentrismo e a ingratidão levam essas pessoas a um ponto em que o “eu” é o mais importante. Casas são derrubadas, prédios são implodidos e todas as bases são quebradas. E é nisso que muitos acreditam, se frustram e se tornam infelizes e despedaçados.Mas qual é a direção de Deus para nós? Devemos ser felizes, sim, mas não a qualquer custo, e sim com um custo que muitas vezes não agrada a alma no primeiro instante. O primeiro passo é: seja feita a vontade de Deus e não a minha. Cada um deve carregar a sua própria cruz, submeter a nossa alma ao Espírito de Deus, ter um coração grato independentemente das circunstâncias, sermos humildes em reconhecer que o caminho da felicidade é árduo, mas recompensador, inspirador e não egoísta, ser grato em todo o tempo, mesmo quando tudo parecer contrário. Pedir perdão quando errar. Perdoar mesmo que o outro não mereça. Ser humilde e reconhecer que não é o dono da verdade e que precisa da conexão com as pessoas. Negar a si mesmo é se tornar dependente de Deus. A fonte da felicidade começa em Cristo e essa felicidade real nos enche de tal forma que transbordamos para quem está ao nosso redor, contagiando os outros de uma forma incrível.Ser feliz não é se contentar em satisfazer a si próprio, e sim ser feliz e fazer outros felizes, pois somos gratos a um Deus que nos amou primeiro e que sempre está ao nosso lado. Seja grato, seja satisfeito, seja contente, seja filho de Deus.> Habacuque 2:4> Mateus 5:2-12> Tiago 1:22-23> Gálatas 5:22> Provérbios 27:19 Ederson Lopes
Não sabote o seu futuro
Não sabote o seu futuro ao tomar decisões baseadas apenas no que se apresenta momentaneamente aos seus olhos.As aparências podem ser enganosas, mascarando oportunidades sob a capa de impossibilidades, ou influenciando suas escolhas através de sentimentos voláteis, que se alteram a cada instante.Em vez disso, cultive uma Fé firme e constante. Essa convicção inabalável servirá como um farol em meio às incertezas, guiando suas escolhas por princípios duradouros e uma perspectiva mais ampla.E quando chegar o momento de decidir algo importante, busque a orientação do Espírito Santo. Permita que a sabedoria do alto ilumine seu discernimento, conduzindo você a decisões que transcendem as limitações da visão humana e dos impulsos passageiros.Viva plenamente a presença do Espírito de Deus, mesmo quando confrontado ou imerso em meio a uma tempestade. As adversidades da vida não precisam obscurecer a paz e a alegria que emanam de uma conexão profunda com o Pai.Confie Nele sempre! Deposite sua segurança e suas expectativas naquele que é imutável e que tem o melhor para o seu futuro.Shalom! Ederson lopes
O Girassol e a Luz de Jesus
O girassol, com sua vibrante cor amarela e seu comportamento fascinante de seguir a trajetória do sol, é uma planta que carrega um simbolismo profundo quando pensamos em Jesus e na fé. Assim como o girassol se volta para a luz do sol, nós, como seguidores de Cristo, somos chamados a nos voltarmos para a luz de Jesus, que ilumina nosso caminho e nos guia em meio às trevas.Atraídos pela LuzJesus disse em João 8:12: ‘Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida.’ Assim como os girassóis buscam e se viram em direção ao sol, nós somos atraídos pela luz de Cristo. Ele é nossa fonte de esperança, amor e redenção. Nossa fé nos leva a seguir Sua luz, a crescer em direção a Ele e a refletir Seu brilho em nossas vidas diárias.Crescendo na FéA fé é um processo de crescimento contínuo. Em Hebreus 11:1, lemos que ‘Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos.’ Assim como um girassol precisa da luz do sol para crescer e florescer, nós precisamos da luz de Cristo para que nossa fé se desenvolva e produza frutos. Através da oração, leitura da Bíblia e comunhão com outros cristãos, nós nutrimos nossa fé e fortalecemos nossa relação com Deus.A Constância do GirassolOs girassóis são conhecidos por sua constância em seguir a luz do sol, independentemente das circunstâncias. Da mesma forma, somos chamados a sermos constantes em nossa fé. Em 1 Coríntios 15:58, Paulo nos encoraja dizendo: ‘Portanto, meus amados irmãos, mantenham-se firmes e que nada os abale. Sejam sempre dedicados à obra do Senhor, pois vocês sabem que, no Senhor, o trabalho de vocês não será inútil.’ Nossa fé, assim como o girassol, deve ser constante, sempre voltada para Jesus, nossa fonte de luz.A Beleza da SimplicidadeA simplicidade e a beleza do girassol também refletem a simplicidade do evangelho de Cristo. Jesus nos chama a uma fé simples e pura. Em Mateus 18:3, Jesus diz: ‘Eu lhes asseguro que, a não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos céus.’ Assim como um girassol é simples em sua aparência, mas grandioso em sua mensagem de seguir a luz, nossa fé deve ser simples e pura, mas poderosa em seu impacto.Refletindo a LuzOs girassóis não apenas seguem o sol, mas também refletem sua luz em sua cor vibrante. Como filhos, somos chamados a refletir Sua luz como testemunhas. Em Mateus 5:14-16, Jesus nos chama a sermos a luz do mundo: ‘Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte. E, também, ninguém acende uma candeia e a coloca debaixo de uma vasilha. Ao contrário, coloca-a no lugar apropriado, e assim ilumina a todos os que estão na casa. Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus.’ Nossa vida deve brilhar com a luz de Cristo, atraindo outros para Ele, assim como o girassol se volta para o sol.ConclusãoO girassol é um símbolo poderoso para a nossa caminhada de fé. Ele nos lembra da importância de buscarmos Sua presença, de crescermos constantemente, de sermos simples e puros em nossa caminhada e de refletirmos Sua vida em Cristo. Assim como o girassol é atraído pelo sol, também somos atraídos pelo Senhor! Ederson lopes
A palavra tem uma presença!
A palavra transcende a mera comunicação; ela carrega em si uma presença palpável, uma força dinâmica capaz de moldar a realidade ao nosso redor. O poder da palavra liberada é uma faca de dois gumes: pode gerar morte, ferindo, destruindo e semeando discórdia, ou pode emanar vida, curando, edificando e nutrindo relacionamentos. A Bíblia Sagrada nos adverte sobre a responsabilidade que acompanha o uso da nossa linguagem. Em Efésios 4:29, somos exortados: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for útil para a edificação, conforme a necessidade, para que ministre graça aos que a ouvem.” Este versículo nos lembra que nossas palavras devem ser intencionais, construindo pontes em vez de muros, oferecendo conforto em vez de causar dor.O livro de Deuteronômio 28 detalha as bênçãos que advêm da obediência aos mandamentos do Senhor, incluindo a prosperidade e a vitória sobre os inimigos através da Sua Palavra. A “liberação da palavra” neste contexto pode ser entendida como a proclamação da fé e da confiança nas promessas divinas, quebrando cadeias e abrindo caminhos de bênção. A história da bênção de Isaque para seus filhos Jacó e Esaú, narrada em Gênesis 27, ilustra vividamente o poder irrevocável das palavras proferidas, mesmo sob engano. A bênção, uma vez liberada, cumpriu seu propósito, alterando o destino dos seus filhos.O próprio Jesus Cristo nos ensina sobre a natureza vivificante de suas palavras. Em João 6:63, Ele declara: “O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida.” As palavras de Jesus não eram meros sons; elas eram carregadas do Espírito Santo, imbuídas de poder transformador. Como seguidores de Cristo, somos chamados a refletir essa mesma qualidade em nossa comunicação.Portanto, é imperativo que sejamos maduros na forma como liberamos palavras sobre nossa vida e sobre a vida daqueles que nos cercam, especialmente nossa família. Nossas palavras têm a capacidade de construir ou destruir laços, de encorajar ou desmotivar, de abençoar ou amaldiçoar. A palavra liberada possui um poder intrínseco, uma força que ecoa no reino espiritual e se manifesta no mundo físico.Em Lucas 6:45, Jesus nos diz: “O homem bom tira coisas boas do bom tesouro do seu coração, e o homem mau tira coisas más do mau tesouro; pois a boca fala do que está cheio o coração.” Este versículo revela que nossas palavras são um reflexo direto do nosso interior. Se nosso coração estiver cheio de amor, bondade e fé, nossas palavras tenderão a edificar e abençoar. Por outro lado, um coração cheio de amargura, inveja ou raiva inevitavelmente produzirá palavras destrutivas.As palavras são como sementes, conforme nos lembra a sabedoria popular e a própria Bíblia, embora a referência direta a essa metáfora não esteja explicitamente em Lucas 6:32. Assim como uma semente plantada germina e produz frutos, nossas palavras lançadas ao vento encontram solo fértil nos corações daqueles que as ouvem e podem gerar resultados duradouros, sejam eles positivos ou negativos.A epístola de Tiago, no capítulo 3, nos oferece uma poderosa reflexão sobre o poder incontrolável da língua. Tiago compara a língua a um pequeno fogo que pode incendiar uma floresta inteira (Tiago 3:5-6), e a um veneno mortal (Tiago 3:8). Ele nos adverte sobre a inconsistência de abençoar a Deus e amaldiçoar os homens com a mesma língua (Tiago 3:9-10), enfatizando a necessidade de disciplina e controle sobre nossas palavras.Nossas palavras têm o potencial de estender a graça de Deus sobre as pessoas. Quando falamos com amor, compaixão e encorajamento, estamos refletindo o caráter de Cristo e permitindo que a luz divina brilhe através de nós. Provérbios oferece diversas perspectivas sobre o poder da língua. Provérbios 12:18 nos diz: “Há palavras que ferem como espada, mas a língua dos sábios traz cura.” Provérbios 26:22 adverte: “As palavras do intrigante são como petiscos deliciosos; penetram até o íntimo.” E Provérbios 18:21 declara enfaticamente: “A língua tem poder sobre a vida e sobre a morte; os que gostam de usá-la comerão do seu fruto.”Não se constrói um alicerce sólido para a vida, para os relacionamentos ou para qualquer empreendimento quebrando princípios fundamentais como a honestidade, a bondade e o respeito. Nossas palavras devem ser alicerçadas na verdade e na integridade, pois alicerces rachados inevitavelmente levarão ao colapso.O livro de Provérbios também nos revela as coisas que Deus detesta e a sétima que Ele abomina: “Seis coisas o Senhor odeia; sim, sete lhe são uma abominação: olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, coração que maquina projetos iníquos, pés que se apressam para o mal, testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos” (Provérbios 6:16-19). Dentre essas abominações, duas estão diretamente relacionadas ao uso indevido da palavra: a língua mentirosa e aquele que semeia contendas entre irmãos. Isso reforça a seriedade com que Deus considera o poder destrutivo da linguagem.Finalmente, Tiago 3:13-18 contrasta a sabedoria que vem de Deus com a sabedoria terrena. A sabedoria divina se manifesta em mansidão, paz, moderação, reconciliação, misericórdia e bons frutos. Em contrapartida, a sabedoria terrena é marcada por inveja, ambição egoísta e desordem. Nossas palavras devem ser um reflexo da sabedoria que buscamos: a sabedoria que edifica, que promove a paz e que glorifica a Deus.Em suma, a palavra é um dom poderoso que nos foi concedido. Que possamos usá-la com sabedoria, maturidade e intencionalidade, buscando sempre liberar palavras que gerem vida, graça e bênção para aqueles que nos ouvem, refletindo assim o amor e a verdade do nosso Senhor Jesus Cristo. Ederson lopes
As variáveis da vida
Entre a Simplicidade Desejada e a Complexidade RealA existência humana, em sua essência, aparenta uma simplicidade convidativa, um caminho reto e previsível que acalenta nossos anseios mais profundos. Em nossos pensamentos, tecemos narrativas ideais, projetando um futuro onde cada passo se encaixa perfeitamente em nossos planos, onde os desejos se materializam sem grandes obstáculos. Contudo, a vivência cotidiana nos confronta com uma realidade mais complexa, onde a linearidade idealizada frequentemente se desvia, dando lugar ao inesperado e ao não planejado. A irrupção da “variável”, essa força motriz da mudança, surge em nosso percurso, desafiando a estagnação e nos impulsionando para além da mesmice. Sem essa dinâmica imprevisível, a vida se tornaria um ciclo repetitivo, desprovido dos desafios que moldam nosso caráter e das superações que celebram nossa resiliência.Inevitavelmente, a mente humana se questiona diante das provações: “Será que a jornada precisa ser intrinsecamente árdua, repleta de obstáculos que testam nossa força e paciência?”. Essa indagação ecoa em nossos corações, buscando um sentido mais suave para a existência. No entanto, a própria natureza da vida reside em sua vitalidade pulsante, em sua capacidade de gerar um espectro de experiências que abrangem a alegria e a tristeza, a certeza e a surpresa. Por que, então, a vida não se desenvolve em uma linha tênue, em conformidade com nossos anseios predefinidos? A resposta reside no próprio âmago da existência: viver plenamente implica abraçar a complexidade, navegar pelas incertezas e florescer em meio aos desafios. Como nos lembra o livro de Tiago 1:2-4: “Meus irmãos, tende por motivo de grande alegria o passardes por diversas provações, sabendo que a provação da vossa fé produz perseverança; e a perseverança tenha a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, não faltando em coisa alguma.” As provações, embora desafiadoras, são instrumentos para o nosso crescimento e aperfeiçoamento.A aparente aleatoriedade dos acontecimentos pode nos levar a questionar o controle e o propósito. Contudo, sob uma perspectiva mais profunda, podemos vislumbrar que muitos eventos, embora escapem à nossa compreensão imediata, integram um tecido maior, um plano que se desenrola em relação à nossa própria jornada. Como está escrito em Provérbios 16:9: “O coração do homem planeja o seu caminho, mas o Senhor lhe dirige os passos.” Reconhecer essa dimensão espiritual nos oferece conforto e confiança em meio às incertezas.Dentro desse cenário de variáveis, reside também o nosso poder de agência. Somos autores de nossas escolhas, semeadores de decisões que germinarão e produzirão frutos no futuro. Cada ação, cada palavra, cada intenção planta uma semente que, inevitavelmente, trará consigo uma colheita. Gálatas 6:7 nos adverte: “Não vos enganeis; Deus não se deixa escarnecer; pois tudo o que o homem semear, isso também ceifará.” Essa lei espiritual da semeadura e da colheita nos responsabiliza por nossas escolhas e nos convida a cultivar virtudes e ações que gerem resultados positivos em nossas vidas e no mundo ao nosso redor.Diante dessa intrincada dança entre o previsto e o imprevisto, entre a ação e a consequência, somos levados a ponderar sobre a necessidade de tamanha complexidade. Acredito que essa é a nossa singular porção nesta existência fascinante e imprevisível. É nessa interação dinâmica que aprendemos, evoluímos e descobrimos a profundidade do nosso potencial. A beleza reside em reconhecer que, embora as variáveis da vida possam nos surpreender, nossas ações conscientes estabelecem uma certa previsibilidade em nosso futuro. É quase paradoxal, mas profundamente humano, persistir na crença de que, ao plantarmos as sementes certas, colheremos os frutos desejados, mesmo que a lógica terrena às vezes pareça sugerir o contrário. O dom da vida se revela, então, como uma maravilhosa oportunidade de vivenciar essa complexa “matemática” da existência, abraçando suas variáveis com sabedoria e fé, confiando que, em última instância, há um propósito maior se desdobrando em cada etapa da nossa jornada. Como Jeremias 29:11 nos assegura: “Porque eu sei os planos que tenho para vocês’, diz o Senhor, ‘planos de fazê-los prosperar e não de causar dano, planos de dar a vocês esperança e um futuro.’” Ederson lopes
Transformando Sonhos em Realidade
A premissa fundamental que deve guiar cada passo desta nova jornada é a busca incessante por viver os sonhos até que eles se materializem no plano da realidade. Trazer à existência aquilo que ainda reside no reino do potencial, até que se torne tangível e concreto, eis a verdadeira essência da fé em ação. Não se trata de uma crença passiva, mas de um movimento dinâmico que nos impulsiona a agir, a perseverar e a confiar, mesmo quando o caminho à frente parece incerto. Como nos lembra Hebreus 11:1: “Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos.”Para trilhar essa jornada de fé com convicção, somos chamados a transcender a limitação dos nossos sentidos físicos e a caminhar guiados pela visão espiritual que a fé nos proporciona. É como fechar os olhos para o mundo tangível e abrir o coração para a percepção da realidade divina, correndo com determinação em direção à concretização daquilo que ardentemente buscamos, procuramos e à porta do qual incessantemente batemos. Jesus nos encoraja em Mateus 7:7: “Peçam, e lhes será dado; busquem, e encontrarão; batam, e a porta lhes será aberta.” Essa promessa nos motiva a persistir em nossa busca com a certeza de que seremos atendidos.Este percurso, inegavelmente, apresenta seus desafios. Crer que Deus está nos conduzindo em meio às complexidades da vida, não pelas sendas da dúvida e do temor, mas pela firmeza inabalável da fé, exige uma entrega total e uma confiança profunda em Seu amor e em Seus propósitos. Em Provérbios 3:5-6, somos exortados: “Confia no Senhor de todo o teu coração e não te apoies no teu próprio entendimento; reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas.” Este versículo nos lembra da importância de abandonar a nossa limitada perspectiva humana e de nos rendermos à sabedoria infinita de Deus. Além disso, Romanos 8:28 nos traz conforto ao afirmar: “Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito.”Estamos adentrando uma fase crucial em nossas vidas, um tempo de restituição e resgate de tudo aquilo que, porventura, tenha se perdido ou se desviado do propósito divino. Neste momento, a resiliência se torna uma virtude indispensável. Não podemos permitir que o desânimo nos faça retroceder ou que a fadiga nos leve a desistir. Gálatas 6:9 nos adverte: “Não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio colheremos, se não desanimarmos.” A cada vitória alcançada, a cada obstáculo superado pela fé, há uma nova conquista, um novo território a ser ocupado no reino espiritual. Como está escrito em 1 Coríntios 15:57: “Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.”É natural que, diante do nosso avanço, o adversário, astuto em suas táticas, busque novas maneiras de nos deter. Contudo, a nossa esperança reside na imutabilidade do nosso Deus. Malaquias 3:6 declara com firmeza: “Porque eu, o Senhor, não mudo”. Sua fidelidade é constante, e Sua Palavra permanece inabalável. Isaías 55:11 nos assegura: “Assim será a palavra que sair da minha boca: não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a enviei.” Podemos confiar plenamente que as promessas de Deus se cumprirão em nossas vidas. O Salmo 119:89 proclama: “Para sempre, ó Senhor, a tua palavra está firme nos céus.”Muitas vezes, aquilo que aos nossos olhos parece perdido, sem direção ou propósito, é, na verdade, um sinal divino, um chamado para não desviarmos o nosso olhar Dele. Em meio à aparente confusão, Deus está nos direcionando a manter o foco Nele, a perseverarmos com fé inabalável até o fim da jornada. Hebreus 12:1-2 nos encoraja: “Portanto, também nós, visto que temos ao redor de nós tão grande nuvem de testemunhas, despojemo-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, e corramos com perseverança a carreira que nos está proposta, fitando os olhos em Jesus, autor e consumador da nossa fé.” O Salmo 23:3 nos conforta dizendo: “Ele restaura a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome.”Que a poderosa palavra liberada em Jeremias 29:11 ressoe profundamente em sua vida e encontre morada em seu coração: “Porque eu sei os planos que tenho para vocês’, diz o Senhor, ‘planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro’.” Creia nesta promessa! Deus tem um futuro glorioso e cheio de esperança reservado para você. Mantenha a fé acesa, continue a sonhar e avance com a certeza de que Ele está ao seu lado, transformando seus sonhos em realidade. Como nos assegura Filipenses 4:13: “Tudo posso naquele que me fortalece.” Fé sempre! Ederson lopes